“Ser preta, no Brasil, rasga a carne, cansa. O rombo arde num luto sem luta, pêsames. Alma dilacerada, víscera arrancada em barbárie naturalizada. Sociedade racista, regência reacionária, sistema escravagista. País violento que nos repulsa como ameaça desde 1500. Estereótipos, estatísticas digerindo o amargo de lágrimas, vítimas, lástimas. Minha gente sangra primeiro, de novo e sempre. Vai ter perdão quando dermos o troco?”
Meu filme “Contraste” está representando o Brasil em Berlim, no ZEBRA Poetry Film Festival, maior plataforma internacional para curtas baseados em poesia, que acontece entre 19 e 22 de novembro na Alemanha.
Estou na Mostra Empört euch!, que traz obras dos EUA, México, Hungria, Grã-Bretanha, Canadá e Brasil.
Assista online pelo vimeo on demand, através do seguinte link:
Enquanto isso, zero motivos pra comemorar, porque neste país seguimos derramando sangue preto da pátria prostituída pelos portugueses.
“Preço pago: pescoço, peito, pulmões perfurados. Parece pouco? Pancadas, pauladas, pontapés. Pangarés pisoteando, pura pilantragem. Predominou predador.”
CONTRAST
BRA 2020 9 min
Regie: Brenda Ligia Miguel
DichterIn: Brenda Ligia Miguel / GOG
Die Dichterin Brenda Ligia Miguel ruft in ihrem dokumentarischen Poetry-Clip dazu auf, heuchlerisches und bigottes Gerede zu ächten und endlich Schluss zu machen mit der rassistischen Marginalisierung schwarzer Frauen – nicht nur im brasilianischen Fernsehen.
In her documentary Poetry-Clip, the poet Brenda Ligia Miguel asks us to condemn hypocritical and bigot chatter and finally end the marginalization of black women – not only in Brazilian television.
Vida longa aos poetas!
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