Eu nunca tinha mergulhado em Fernando de Noronha até o momento em que fui convidada pelo cineasta Lírio Ferreira para atuar em seu novo longa-metragem “Sangue Azul” (inédito), que estreia no cinema esta semana, competindo no Paulínia Film Festival.
Foi uma experiência intensa. Recomendo aos corajosos, mas não me chamem! Confesso: temi por um eventual piripaque subaquático. Ao mesmo tempo, foi um lindo e inesquecível espetáculo. À época, registrei as seguintes impressões, completamente narcosada com a embriaguez das profundezas...
Foi uma experiência intensa. Recomendo aos corajosos, mas não me chamem! Confesso: temi por um eventual piripaque subaquático. Ao mesmo tempo, foi um lindo e inesquecível espetáculo. À época, registrei as seguintes impressões, completamente narcosada com a embriaguez das profundezas...
Mergulho em Fernando de Noronha (Brenda Ligia e Márcio Lisboa) |
“Era dezembro e fazia sol na ilha tropical. Borboletas ventavam no estômago da mulher, que, sem pensar, pulou. Com tudo, se jogou. Pesada, afundou.
Primeiro, os pés. Pouco seguros.
Daí, o corpo. Com a alma toda lá dentro, jorrando líquida, quase eufórica.
Por fim, a cabeça. Gorda, faminta de vontades e medos. Pensa.
Eu, surto. Ela, Mente.
Respirei ar seco, bolhas e dúvidas. A luz superior ofuscou minha falsa coragem. Então, enxerguei as algas todas, leves, dançando valsa úmida ao balanço das águas... bonito espetáculo, o fundo do mar!
Meu quase-livre-arbítrio sorriu por dentro. Olhei o peixe das cores mais belas do mundo, os corais formando núcleos de poesia, as tartarugas majestosas que desfilavam sua pompa... encanto, pureza e magia. Tudo era vida!
Quando notei que naquele mundo azul reinava a harmonia suprema, me senti tão grata e viva que até me afoguei em paz. Aí sim, valeu.”
Por Lenda Brígia ou Brenda Ligia
Sexta-feira, dia 25 de julho de 2014: estreia de “Sangue Azul” no Festival de Cinema de Paulínia.
Primeiro, os pés. Pouco seguros.
Daí, o corpo. Com a alma toda lá dentro, jorrando líquida, quase eufórica.
Por fim, a cabeça. Gorda, faminta de vontades e medos. Pensa.
Eu, surto. Ela, Mente.
Respirei ar seco, bolhas e dúvidas. A luz superior ofuscou minha falsa coragem. Então, enxerguei as algas todas, leves, dançando valsa úmida ao balanço das águas... bonito espetáculo, o fundo do mar!
Meu quase-livre-arbítrio sorriu por dentro. Olhei o peixe das cores mais belas do mundo, os corais formando núcleos de poesia, as tartarugas majestosas que desfilavam sua pompa... encanto, pureza e magia. Tudo era vida!
Quando notei que naquele mundo azul reinava a harmonia suprema, me senti tão grata e viva que até me afoguei em paz. Aí sim, valeu.”
Por Lenda Brígia ou Brenda Ligia
Sexta-feira, dia 25 de julho de 2014: estreia de “Sangue Azul” no Festival de Cinema de Paulínia.
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