Numa manhã de sexta-feira chuvosa, a saltitante moçoila (que NÃO se chamava Brenda Ligia, obviamente, pois trata-se de uma estória fictícia) resolveu dar uma recauchutada no visual, num salão de cabeleireiros qualquer. Nos cabelos, tonalizante castanho escuro; nas cutículas, uma camada de Toque de Ira com Santa Gula; na alma, a vontade de embonecar-se toda.
Ali sentada na cadeira de beleza, com um profissional a seus pés e outro à cabeça, a moça sentiu, de repente, um arrepio da cabeça aos pés. Não era beliscão no bife do dedão nem fisgão no couro cabeludo: era vontade de fazer coco. "Pronto, só faltava essa", pensou a cliente.
-Emerson, preciso ir ao toalete - cochichou ao cabeleireiro, pois este estava mais próximo do orifício pelo qual se cochicha, em relação à manicure.
Foi ao banheiro, então. Forrou. ALÍVIO! Pensou. Se tem algo que as mulheres invejam nos homens (generalizando, é claro) é a capacidade que eles tem de deixar o intestino livre, leve e solto para funcionar normalmente, mesmo quando estão viajando, com a vida desregrada, em ambiente desconhecido... a mulherada trava por dias; a homarada nem tchum!
Por isso ela se encontrava ali, reflexiva e solitária naquele troninho de porcelanato azul bebê, num salão de beleza xis. Esperara três dias por aquele momento profundo, de resgate. Sentia-se íntegra, límpida, leve, solta... sorriu. Limpou. Olhou. Deu descarga. Olhou.
Deu descarga... deu descarga. Olhou. E deu descarga.
Que merda!!! Amaldiçoou todas as descargas molengas e insossas da face da Terra, que só fazem o redemoinho girar e não cumprem seu papel em relação à carga. Nada ecológicas, gastam água à tôa e não resolvem bosta nenhuma.
Olhou. Deu descarga. Olhou. Suspirou, lavando as mãos. Abriu a porta e viu manicure e cabeleireiro a postos, em inércia. Hesitou. Chamou com a mão esquerda enquanto a direita dava descarga. Tudo girava lá dentro. Pediu um balde e fez questão de fazer o serviço sujo, enquanto pensava no alívio que virou vergonha.
Ali sentada na cadeira de beleza, com um profissional a seus pés e outro à cabeça, a moça sentiu, de repente, um arrepio da cabeça aos pés. Não era beliscão no bife do dedão nem fisgão no couro cabeludo: era vontade de fazer coco. "Pronto, só faltava essa", pensou a cliente.
-Emerson, preciso ir ao toalete - cochichou ao cabeleireiro, pois este estava mais próximo do orifício pelo qual se cochicha, em relação à manicure.
Foi ao banheiro, então. Forrou. ALÍVIO! Pensou. Se tem algo que as mulheres invejam nos homens (generalizando, é claro) é a capacidade que eles tem de deixar o intestino livre, leve e solto para funcionar normalmente, mesmo quando estão viajando, com a vida desregrada, em ambiente desconhecido... a mulherada trava por dias; a homarada nem tchum!
Por isso ela se encontrava ali, reflexiva e solitária naquele troninho de porcelanato azul bebê, num salão de beleza xis. Esperara três dias por aquele momento profundo, de resgate. Sentia-se íntegra, límpida, leve, solta... sorriu. Limpou. Olhou. Deu descarga. Olhou.
Deu descarga... deu descarga. Olhou. E deu descarga.
Que merda!!! Amaldiçoou todas as descargas molengas e insossas da face da Terra, que só fazem o redemoinho girar e não cumprem seu papel em relação à carga. Nada ecológicas, gastam água à tôa e não resolvem bosta nenhuma.
Olhou. Deu descarga. Olhou. Suspirou, lavando as mãos. Abriu a porta e viu manicure e cabeleireiro a postos, em inércia. Hesitou. Chamou com a mão esquerda enquanto a direita dava descarga. Tudo girava lá dentro. Pediu um balde e fez questão de fazer o serviço sujo, enquanto pensava no alívio que virou vergonha.
3 comentários:
Brenda, bastante engraçado! rs
Gostei.
Jefferson.
Que situação!
Hahahahaha
Que hilário isso, kkkkkkkkk... mas espero que nao aconteça comigo.
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