Todos os sábados e domingos aquela atriz se apresentava naquele mesmo teatro. No pico dramático do espetáculo, entrava em cena. De costume, fazia bonito no palco. Mas naquela noite, a última, fez diferente.
Entrou ainda mais de verdade. Mergulhou no poço profundo da personagem perdida e se encontrou lá dentro. Só existia aquela vida do palco, a cena da separação.
Entrou ainda mais de verdade. Mergulhou no poço profundo da personagem perdida e se encontrou lá dentro. Só existia aquela vida do palco, a cena da separação.
A dor. A ruptura. O vazio. Ela personificou tudo isso.
A plateia ficou estaticamente hipnotizada por ela, colossal, que estava do tamanho do mundo. Quem não a conhecia, sentia. E quem a amava sentia ainda mais. Ela pulsava, e toda a gente doía junto.
Eu, semi vestida de vestido de noiva, olhava tudo da coxia, com meu coração apertado no peito desnudo. Ela ardia em cena. Brotaram as lágrimas que respingaram em todo o teatro.
A plateia ficou estaticamente hipnotizada por ela, colossal, que estava do tamanho do mundo. Quem não a conhecia, sentia. E quem a amava sentia ainda mais. Ela pulsava, e toda a gente doía junto.
Eu, semi vestida de vestido de noiva, olhava tudo da coxia, com meu coração apertado no peito desnudo. Ela ardia em cena. Brotaram as lágrimas que respingaram em todo o teatro.
Oscar Wilde dizia que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida.
Um comentário:
Belo!
Postar um comentário