Imagine um baixista que parte numa viagem de navio pelo Mediterrâneo, para tocar música latina até meados de novembro. Pois bem, esse ser existe e é o amigo Gabriel, cuja despedida foi em um petit comité, semana passada.
No frisson da real despedida, já sentindo o gosto amargo da saudade doce, abracei o casal Telma Luciana e Gabriel Catanzaro e corri pro Fusquinha 68, vinho - tanto faz a bebida ou a cor. Só que a songa-monga que vos fala simplesmente havia esquecido que o banco do passageiro tinha sido retirado, sendo que era ali que eu iria me sentar. Ou melhor, ACHAVA que iria me sentar.
Estava armado o espetáculo especialmente montado para alegrar o momento "sei que é triste a dor do parto mas eu tenho que partir". O que se passou a seguir é inexplicável. Despenquei feito vara verde do alto dos meus 68kg (tá bom, omiti uns quilinhos de toucinho na região do pânceps), pois entrei no carro convicta de que tudo seria, de novo, do jeito que já foi um dia. Estava crente que teria um assento para me assentar, mas dei com a bunda no chão. Bati meu chassi no assoalho, e meus joelhos se envergaram pra cima. Fiquei, literalmente, de pernas pro ar. Me senti aquela mocinha azul do filme Avatar; toda grande, esparramada feito manteiga na chapa. 1.78cm de mico garantido ou sua risada de volta.
Óbvio que juntou gente na janela, perguntando o que tinha acontecido comigo. Eu, ainda na chón, nem levantava nem respondia; não sabia se ria ou se chorava (se não me engano, fazia ambos). Tá bom, bati as costas num ferro (talvez um tripé!) e estava doendo muito, mas a cena era tão patética, mas tão patética, que a risada inevitavelmente encobria o choro!
-Meu bem, você se machucou (interroga)
-Vambora, pelo amor de Deus!
Adendo urgente
Depois de um tombo brabo, existem três opções de providências a serem tomadas:
1- a pessoa levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima com categoria e "guenta" a dor - aí todos podem relaxar e tirar sarro do mané;
2- a pessoa finge desmaio ou convulsão - aí todos se preocupam e ficam enternecidos;
3- ou a pessoa implora pro namorado acelerar o carro e sair dali com urgência - aí todos ficam com cara de lápis, ainda sem saber se era pra rir ou chorar.
No frisson da real despedida, já sentindo o gosto amargo da saudade doce, abracei o casal Telma Luciana e Gabriel Catanzaro e corri pro Fusquinha 68, vinho - tanto faz a bebida ou a cor. Só que a songa-monga que vos fala simplesmente havia esquecido que o banco do passageiro tinha sido retirado, sendo que era ali que eu iria me sentar. Ou melhor, ACHAVA que iria me sentar.
Estava armado o espetáculo especialmente montado para alegrar o momento "sei que é triste a dor do parto mas eu tenho que partir". O que se passou a seguir é inexplicável. Despenquei feito vara verde do alto dos meus 68kg (tá bom, omiti uns quilinhos de toucinho na região do pânceps), pois entrei no carro convicta de que tudo seria, de novo, do jeito que já foi um dia. Estava crente que teria um assento para me assentar, mas dei com a bunda no chão. Bati meu chassi no assoalho, e meus joelhos se envergaram pra cima. Fiquei, literalmente, de pernas pro ar. Me senti aquela mocinha azul do filme Avatar; toda grande, esparramada feito manteiga na chapa. 1.78cm de mico garantido ou sua risada de volta.
Óbvio que juntou gente na janela, perguntando o que tinha acontecido comigo. Eu, ainda na chón, nem levantava nem respondia; não sabia se ria ou se chorava (se não me engano, fazia ambos). Tá bom, bati as costas num ferro (talvez um tripé!) e estava doendo muito, mas a cena era tão patética, mas tão patética, que a risada inevitavelmente encobria o choro!
-Meu bem, você se machucou (interroga)
-Vambora, pelo amor de Deus!
Adendo urgente
Depois de um tombo brabo, existem três opções de providências a serem tomadas:
1- a pessoa levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima com categoria e "guenta" a dor - aí todos podem relaxar e tirar sarro do mané;
2- a pessoa finge desmaio ou convulsão - aí todos se preocupam e ficam enternecidos;
3- ou a pessoa implora pro namorado acelerar o carro e sair dali com urgência - aí todos ficam com cara de lápis, ainda sem saber se era pra rir ou chorar.
Adivinhe qual alternativa escolhi!
FIM DA PARTE LEVE DA COISA. E INÍCIO DA SESSÃO "POBREMA DO ZÔTO".
(se não quiser isso pra sua vida, minimize a janela e não continue a leitura. E que se dane, agora, meu bom humor).
Alguns dias depois, comecei a sentir uma dorzinha... que começou "inha" e virou "ona". Foi horrível. Começou na lombar e foi se espalhando por toda a coluna, até que não conseguia mais levantar da cama, de tanta dor.
Comecei a chorar. Me sentia impotente com aquelas fisgadas horrorosas; era como se minha bacia estivesse deslocada. Beirei o estado de pânico. E era sábado, penúltima semana de peça no teatro. Chorei mais ainda, pensando na comédia.
Em meu socorro veio o doutor benhê: com pomada, Salonpas (antes de P e de B só usamos M) e Tandrilax (salve a droga). Tomei às 17h, pro efeito atingir o cume às 21h; bem no terceiro sinal, início do espetáculo... e bingo!
Ufa, deu tudo certo. Não só consegui apresentar, como foi o dia da plateia mais gostosa, leve e risonha. Minha cura e minha força vieram da energia daquelas (quase) 100 pessoas presentes, da magia do palco, da solidariedade da coxia, do ombro amigo do camarim... foi inesquecível.
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Edu (e família!): sem você(s), não sei o que teria feito (amor).
E já faz 3 dias que tô com o nariz cheirando a cânfora, aff.
2 comentários:
BRENDA LIGIA,
DESCULPE FUGIR AO TEMA PROPOSTO.
PORÉM TENHO UM CONVITE. LEIA:
"O COMPORTAMENTO SEXUAL DO POVO BRASILEIRO",
QUE É A CRÔNICA/PESQUISA DO BLOG DE HUMOR:
"HUMOR EM TEXTO", DESTA SEMANA.
SAIBA A VERDADE, COMPROVADA SOCIOLOGICAMENTE, E
TIRE SUAS CONCLUSÕES.
VOCÊ PODERÁ NÃO ACREDITAR.
SÓ CONFERINDO.
UM ABRAÇÃO CARIOCA.
VOLTAREI SEMPRE.
Pois é...o Wá me contou que vc tava com problemna nas costas. E eu lá, amando sua atuação, vibrando com cada tom de cada personagem.
E eu achando que o lance da platéia mais gostosa era xaveco do André!
Nóis agradece, uai!
Beijos
Jujú Preto
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