A fúria da natureza é a única certeza
Destelha casas, almas, fortunas
Esbugalha olhos, varre tudo
Deixa limpo o imundo; move o mundo
A chuva levou minha mágoa pelo ar
Minha água regou, fez a noite clarear
(essas palavras brotam soltas, estreitas, tal qual Drummond
É a retórica da minh'alma imperfeita, não importando se é ruim ou bom)
E a chuva me trouxe a poesia; a solidão, a vida, a alegria
"Fique seguro, meu amor, meu querido; Só confie no meu sexto sentido
Sei que alagou toda a marginal; Pinheiros, Tietê, Mofarrej e a Radial
O bueiro tá entupido, amor; é um lixão
Pós-tempestade tem calmaria, e dias melhores virão
Basta a gente acreditar, amor, é só querer
Nesta vida, a chuva mostra que o amor vai florescer"
Escrito por Brenda Ligia, na hora em que a chuva caiu feito pé-de-toró. Deu medo.
(inspirado na frase de Cyro Bittencourt -"O AMOR MOVE TUDO")
(inspirado na frase de Cyro Bittencourt -"O AMOR MOVE TUDO")
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