O avião que caiu com Eduardo Campos também carregava outras pessoas... cada um com sua história, seus sonhos, seus amores, seu destino. Hoje perdemos um amigo, Marcelo Lyra (cinegrafista oficial da campanha): grande homem, gente boa, pai de família, surfista, skatista, artista... um cara do bem, que também está fazendo muita falta. Estou sentindo uma forte angústia e rezando para que as famílias tenham conforto e paz. Sobretudo à amiga Paulina, viúva de Marcelo, envio todo o meu amor.
ROMEO-
Um dia comprei um livrinho de pano para presentear o bebê Romeo, filho do casal de amigos Paulina e Marcelo. Ele me fitou com curiosidade. Olhou pro pacote com os olhinhos vivos. A mãe abriu. Quando viu o que era, largou-o imediatamente no chão e começou a brincar com o embrulho, amassando entre as mãozinhas o papel de presente brilhante, de bolinhas coloridas. Sorriu pra mim com carinha safada, como se dissesse “massa, tia!”. Foi aí que me apaixonei.
No dia desta foto, 21 de julho, chuvosa segunda-feira, a mãe de Romeo me levou à roda de parto humanizado na capital pernambucana, onde moramos. Quem esteve presente naquela noite mágica ouviu relatos viscerais de Paulina, mulher corajosa, que passou muitas horas em trabalho de parto domiciliar para receber seu bebê da forma mais humana possível. Foi amparada, o tempo todo, por um pai presente, ativo, seguro e amoroso: seu marido Marcelo, essencial ao processo de entrega, desde a preparação anterior até o momento em que a cabecinha despontou neste mundo e os pulmõezinhos sentiram a primeira lufada de ar. Desde então, esta criança tem sido a maior alegria da família inteira, celebrando a vida com um sorriso tão largo quanto o da mãe e o do pai, juntos.
Romeo, meu doce menino... o que mais me dói é pensar na tristeza de quem amo. Ah... se eu pudesse envolver vocês numa bolha protetora que anestesia o sofrimento! Voltaríamos no tempo e mudaríamos tudo. Tenho certeza que, antes da tragédia, a última agonia do seu pai foi amenizada pelo pensamento em vocês. Sem palavras para explicar essa fragilidade incicatrizável, porque nossa saudade é imortal. Querido amigo Marcelo Lyra e todos que estavam no avião: descansem em paz, rumando à luz.
Um dia comprei um livrinho de pano para presentear o bebê Romeo, filho do casal de amigos Paulina e Marcelo. Ele me fitou com curiosidade. Olhou pro pacote com os olhinhos vivos. A mãe abriu. Quando viu o que era, largou-o imediatamente no chão e começou a brincar com o embrulho, amassando entre as mãozinhas o papel de presente brilhante, de bolinhas coloridas. Sorriu pra mim com carinha safada, como se dissesse “massa, tia!”. Foi aí que me apaixonei.
No dia desta foto, 21 de julho, chuvosa segunda-feira, a mãe de Romeo me levou à roda de parto humanizado na capital pernambucana, onde moramos. Quem esteve presente naquela noite mágica ouviu relatos viscerais de Paulina, mulher corajosa, que passou muitas horas em trabalho de parto domiciliar para receber seu bebê da forma mais humana possível. Foi amparada, o tempo todo, por um pai presente, ativo, seguro e amoroso: seu marido Marcelo, essencial ao processo de entrega, desde a preparação anterior até o momento em que a cabecinha despontou neste mundo e os pulmõezinhos sentiram a primeira lufada de ar. Desde então, esta criança tem sido a maior alegria da família inteira, celebrando a vida com um sorriso tão largo quanto o da mãe e o do pai, juntos.
Romeo, meu doce menino... o que mais me dói é pensar na tristeza de quem amo. Ah... se eu pudesse envolver vocês numa bolha protetora que anestesia o sofrimento! Voltaríamos no tempo e mudaríamos tudo. Tenho certeza que, antes da tragédia, a última agonia do seu pai foi amenizada pelo pensamento em vocês. Sem palavras para explicar essa fragilidade incicatrizável, porque nossa saudade é imortal. Querido amigo Marcelo Lyra e todos que estavam no avião: descansem em paz, rumando à luz.
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