Alguns dias depois, inesperadamente chegou a resposta positiva: eu havia sido a apresentadora escolhida pela Capim Limão Filmes, de Curitiba, para o comercial de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Oba... fui pra São Paulo, então.
Foi um bom trabalho, com um diretor conhecido com quem eu já havia gravado um dos meus primeiros comerciais, há muito tempo (o italiano Carmine Bagnato; gente fina).
Porém foi um tanto difícil... estava muito frio e eu tinha que me controlar para não bater queixo na hora do "AÇÃO!". Estávamos num local precário (no segundo andar de uma construção do novo hospital ali em S.B.C.), sem estrutura nenhuma; quando queríamos ir ao banheiro, nossas galochas tinham que chafurdar na lama durante todo o trajeto (que levava em torno de 10 minutos).
O roteiro já denunciava o alto grau de dificuldade que enfrentaríamos: minha cena final seria filmada de um helicóptero. Sim: um plano sequência filmado de um helicóptero. Mini, porém voador (e potente!).
Tudo bem quando a atriz erra e a equipe toda recomeça; mas quando a atriz erra e um helicóptero tem que pousar para então recomeçar... ah! Aí é dureza. Então tive que me esforçar dez vezes mais do que o normal para conseguir não errar nem uma única vez (em 5 horas gravando essa mesma cena, ui ui ui!). Deu certo, graças a Deus, mas meu coração batia forte no peito (pressão!).
Talvez porque, pouco antes de começarmos a gravar, a assistente de direção tenha me chamado de canto e alarmado a seguinte BOMBA: "Brenda, talvez o vento possa atrapalhar o voo do helicóptero na hora de gravar, então, caso veja que está vindo na sua direção, se joga no chão, rápido... pra não cortar seu pescoço". UAU... pasmei!
Em instantes gritaram "ação"!... e não me pergunte como consegui sorrir e falar para a câmera, com credibilidade e simpatia, olhando para aquele mini-helicóptero cujas hélices pareciam ter corte mais afiado que o bisturi do Jack, o Estripador. Cruz credo.
Forraram o chão à minha frente com um pano, para o caso de eu precisar mergulhar em solo seco, pois havia a preocupação de não sujar o figurino (tailleur claro). Como se, em caso de pânico urgente, eu fosse capaz de discernir entre chão sujo de construção e pano limpo da equipe de filmagem... não enquanto meu pescoço estivesse em jogo! Ora: o instinto de sobrevivência fala mais alto nessas horas.
Enfim... por incrível que pareça, o trabalho transcorreu sem maiores incidentes (nem tampouco acidentes, ufa!).
Acho que o filme vai ficar bonito! E gostei da causa: a construção de um novo e enorme hospital para a população carente daquela região. Vale muito!
Também consegui aproveitar a (curta!) viagem a trabalho para fazer passeios culturais com o marido em São Paulo, ficar com a família, rever alguns (poucos) amigos, brincar com as crianças...
Na foto, eu, meus sobrinhos (o bebê também afilhado!) e a Marginal Pinheiros... numa tarde de passeio de bicicleta no parque Villa Lobos. Amo esses meninos! Foi tudo ótimo, válido. E que venham os próximos!
PS.: Não foi o primeiro trabalho que arranjei via facebook... portanto, recomendo!
3 comentários:
Muito feliz por vc! Se eu morasse no Brasil iria investir tb na carreira de apresentadora ou atriz EU ADORO.SUCESSO!!!
Brenda você brilha muito na telinha
e na telona também assisti o filme, parabéns
Amiga!!!! Que bom que deu tudo certo e você sobreviveu! Pena que eu não nos vimos... Saudades.. Abração
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