Aconteceu: ela caiu. Quer dizer; ela "quase" caiu. No melhor estilo "balança mas não cai", Amy Winehouse, soberana como o sol (toda guapa num tubinho amarelo), ensaiava um "padeburré" no palco do Centro de Convenções, em Olinda, quando desequilibrou-se e quase caiu, cambaleante. A plateia foi ao delírio; finalmente acontecera o que todos aguardavam desde o início da turnê brasileira.
Não sei explicar o fascínio que essa mulher (excelente artista de talento nato!) exerce sobre mim. Cada uma das três ou quatro vezes em que ela sumia do palco, eu, do alto do meu 1,78m de altura, me erguia sobre a multidão, exercitando minhas panturrilhas enquanto esperava o momento de seu retorno. Ansiava por ver sua carinha de louca ao som da sua voz de diva.
Então ela voltou a si e ao palco; coçou os olhos, cantou, cochichou com os músicos. Agarrou o negão que fica à sua esquerda e é seu braço direito. Ele, carinhoso e paciente. Até que, em dado momento, ela engafinhou-se nele. Tive a impressão de que ela dava pequenos murros em seu companheiro de trabalho, e ele tentava desvencilhar-se da mulher. O povo gritava! Eu urrava junto com a massa. Que massa! Ah, essa Amy...
Findo o show, veio o momento do bis. Voltaram à cena e Amy pôs-se a "dublar" um ska delicioso entoado pela banda. A menina frágil e visivelmente fora de controle tentava acompanhar a letra com os lábios um tanto quanto distantes do microfone. Fingia que estava cantando... vê se pode! Como se sua voz pudesse ser camuflada. Simplesmente não colou, já que todo mundo percebeu que ela mal se aguentava em pé, a bichinha.
Quando tudo parecia um BIS perdido, eis que Amy ressurge... toda segura, sensível, emocionada e louca. A diva do soul fez os queixos presentes virem a baixo, ao cantar a saideira com a alma e o coração. Nos deixou a todos boquiabertos, surpresos, felizes. É impressionante como o talento de alguém pode falar bem mais alto que qualquer outra coisa que se queira pré-julgar. Valeu, Amy... I love Amy!
Saldo final: show lindo, maravilhoso, incrível...
*valeu a pena cada segundo
*quero mais
*e recomendo!
Um comentário:
Brenda,
Divas não tem pecados. A beleza e a sensibilidade estão acima das paixões mortais e, quem canta, como Amy é um presente para os ouvidos de quem sabe apreciar. S.
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