Era dezembro e fazia sol na ilha tropical. Borboletas ventavam no estômago da mulher, que, sem pensar, pulou. Com tudo, se jogou. Pesada, afundou.
Primeiro, os pés. Pouco seguros.
Daí, o corpo. Com a alma toda lá dentro, jorrando líquida, quase eufórica.
Por fim, a cabeça. Sempre gorda, faminta de vontades e medos, ela pensa, pensa...
Eu, surto. Ela, Mente.
Respirei ar seco, bolhas e dúvidas. A luz superior ofuscou minha falsa coragem. Então, enxerguei as algas todas, leves, dançando uma valsa úmida ao balanço das águas do fundo do mar... bonito espetáculo!
Meu quase-livre-arbítrio sorriu. O peixe das cores mais belas do mundo também. Os corais eram núcleos de poesia. Tartarugas majestosas desfilavam sua pompa. Encanto, pureza e magia.
Quando notei que naquele mundo azul reinava a harmonia suprema, me senti tão grata e viva que até me afoguei em paz. Aí sim, valeu.
Por Lenda Brígia (2012/ 2013)
Por Lenda Brígia (2012/ 2013)
Brenda Ligia durante o mergulho Fernando de Noronha/ Brasil |
Depois do mergulho Equipe/ Atlantis |
Antes do mergulho |