Brenda Ligia

27 de dezembro de 2012

Bolhas e Dúvidas

Era dezembro e fazia sol na ilha tropical. Borboletas ventavam no estômago da mulher, que, sem pensar, pulou. Com tudo, se jogou. Pesada, afundou.
 
Primeiro, os pés. Pouco seguros.
 
Daí, o corpo. Com a alma toda lá dentro, jorrando líquida, quase eufórica.
 
Por fim, a cabeça. Sempre gorda, faminta de vontades e medos, ela pensa, pensa...
 
Eu, surto. Ela, Mente.
 
Respirei ar seco, bolhas e dúvidas. A luz superior ofuscou minha falsa coragem. Então, enxerguei as algas todas, leves, dançando uma valsa úmida ao balanço das águas do fundo do mar... bonito espetáculo!
Meu quase-livre-arbítrio sorriu. O peixe das cores mais belas do mundo também. Os corais eram núcleos de poesia. Tartarugas majestosas desfilavam sua pompa. Encanto, pureza e magia.
 
Quando notei que naquele mundo azul reinava a harmonia suprema, me senti tão grata e viva que até me afoguei em paz. Aí sim, valeu.

Por Lenda Brígia (2012/ 2013)
 

Brenda Ligia durante o mergulho
Fernando de Noronha/ Brasil
Depois do mergulho
Equipe/ Atlantis
Antes do mergulho
 




 




2 comentários:

Desembucha aqui, ó!