Brenda Ligia

6 de junho de 2011

Amigas

Um dia de praia com as amigas vale mais que inúmeras sessões de terapia.



A gente chega, tira os chinelos e escolhe um lugarzinho bom.

"Não, moço, não quero fazer tatuagem de henna nem tererê, obrigada", recuso quase delicadamente.


Caminhamos... geralmente pra longe de toda e qualquer caixa de som. Ah, caixas de som! Um perigo essa coisa de cada um tocar o que quer. A gente acaba almoçando ao som de cada coisa! Ouço involuntariamente tanta música indigesta... cruz credo.


A gente anda, anda, anda... e anda mais. Achamos o lugar ideal, então esticamos as cangas na areia, com pesos nas extremidades. Fazemos alongamento. Uma vai ao mar. Outra lê. Uma caminha. A que lia, dormiu. Fulana volta e puxa papo, acordando ciclana. Beltrana entra no assunto. "Quando é fé" (expressão de Minas Gerais, minha terra natal), estamos sorvidas num falatório de mulheres, impregnado de gritinhos e risadas de amigas.



Pouco depois, silêncio. Calma. Ninguém fala. Só olhamos as nuvens, ali deitadas, vendo a vida passar... quase esquecidas da presença uma da outra. Porque quando a amizade é natural, você até esquece que está ali. E pronto.



Resolvemos tirar foto. Muitas. Com o Timer da câmera. Os 10 segundos do percurso entre o clicar e o disparo rende ótimas risadas, até a pose. Ninguém vê de longe, porque a gente gosta de brincar em praia quase deserta.



Quem tem água? Amadoras: esquecemos de trazer água, e acabou toda a água da única garrafinha que tínhamos. Voltemos à civilização... que sede. O tempo fecha em Maceió. Cai a chuva, ventando só do lado direito da gente. Chegamos, as três, ensopadas à direita e sequinhas à esquerda. Dentro da gente, só leveza e graça. É bom. E simples. Amém.

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